O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil, registrou alta de 0,56% em março de 2025, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora essa taxa represente uma desaceleração em relação ao aumento de 1,31% observado em fevereiro, o índice acumulado nos últimos 12 meses atingiu 5,48%, ultrapassando o teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5% para o ano. 

    Principais contribuições para o índice

    O grupo de Alimentação e Bebidas foi o que mais impactou o IPCA de março, com uma variação de 1,17%. Itens como batata-inglesa (14,42%), cenoura (14,17%) e cebola (7,74%) apresentaram as maiores altas. O grupo de Transportes também contribuiu significativamente, com aumento de 0,43%, impulsionado pelos reajustes nos preços da gasolina (0,64%) e do etanol (1,96%). 

    Impacto regional

    Entre as regiões pesquisadas, Curitiba registrou a maior variação mensal, com alta de 1,12%, seguida por Porto Alegre (0,76%) e São Paulo (0,71%). Em Maceió, o índice ficou em 0,50%, contribuindo para o cenário nacional de inflação em alta.

    Perspectivas econômicas

    A elevação do IPCA acima do teto da meta de inflação pode influenciar as decisões do Banco Central em relação à taxa básica de juros (Selic), atualmente em 10,50% ao ano. Analistas do mercado financeiro já revisam suas projeções, considerando a possibilidade de manutenção ou até aumento da Selic para conter a pressão inflacionária.

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