O desembargador Tutmés Airan, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), votou nesta quarta-feira (9) pela manutenção da prisão preventiva do influenciador digital Kel Ferreti, que responde a uma acusação de estupro. Segundo o magistrado, há indícios suficientes que justificam a continuidade da prisão.
O caso chegou ao Judiciário após o Ministério Público de Alagoas (MPAL) denunciar Ferreti por um suposto crime de estupro ocorrido em junho de 2024, em uma pousada no bairro Cruz das Almas, em Maceió. A vítima prestou depoimento à polícia, realizou exame de corpo de delito e forneceu registros de conversas em redes sociais, elementos que embasaram o inquérito policial e a denúncia do MP.
Kel Ferreti está preso desde 4 de dezembro de 2024. Na ocasião, ele foi detido no âmbito da Operação Trapaça, que apura crimes de lavagem de dinheiro relacionados à promoção de jogos de azar na internet. No entanto, em 22 de janeiro de 2025, a prisão preventiva ligada à operação foi revogada. Mesmo assim, Ferreti permaneceu detido devido à acusação de estupro.
O julgamento do habeas corpus que pede a revogação da prisão foi suspenso anteriormente, após pedido de vistas do próprio desembargador Tutmés Airan, que solicitou mais tempo para análise. Agora, com o voto do magistrado, o caso deve seguir em deliberação pelos demais membros da Câmara Criminal do TJ/AL.
A defesa de Kel Ferreti nega as acusações e afirma que o influenciador é inocente. Já o MP sustenta que há elementos suficientes para manter a medida cautelar e garantir a regularidade da instrução do processo penal.
A decisão final sobre o habeas corpus ainda depende dos votos dos outros desembargadores que compõem a Câmara.