Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (2) pelo instituto Genial/Quaest revelou que 88% dos brasileiros afirmam ter sentido aumento nos preços dos alimentos no último mês — o maior índice registrado desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro de 2023.

    A pesquisa aponta uma sensação generalizada de alta no custo de vida, especialmente na alimentação. Em comparação, no levantamento anterior, realizado em janeiro deste ano, esse número era de 83%.

    Atualmente, apenas 6% dos entrevistados disseram que os preços se mantiveram estáveis, enquanto outros 6% afirmaram perceber uma queda nos preços.

    Avaliação econômica também piora

    O levantamento também mostra um aumento significativo na percepção de piora da economia brasileira. A porcentagem de pessoas que acreditam que a economia piorou nos últimos 12 meses passou de 39% para 56%.

    Ainda assim, há um grau de otimismo em relação ao futuro: 44% dos entrevistados disseram acreditar que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses, enquanto 34% acham que vai piorar. Os demais não souberam ou preferiram não responder.

    Custo de vida pesa mais para os mais pobres

    A percepção de alta nos preços dos alimentos tem impacto direto sobre a popularidade do governo, especialmente entre as camadas mais vulneráveis da população. O aumento constante no valor da cesta básica, que inclui itens essenciais como arroz, feijão, óleo e carne, afeta diretamente o dia a dia das famílias brasileiras.

    A inflação de alimentos tem sido apontada como um dos principais desafios econômicos enfrentados pelo governo federal, com pressão popular por medidas de controle de preços e ampliação de políticas sociais.

    Metodologia da pesquisa

    A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 27 e 31 de março de 2025, com 2.004 entrevistas presenciais em 120 municípios das cinco regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

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